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Estudante de Comunicação Social com Habilidade em Jornalismo na Universidade do Vale do Sapucaí - MG - Pouso Alegre. Resido em Córrego do Bom Jesus, extremo sul de Minas Gerais.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Festeiros realizam Jantar Dançante em prol da igreja


O evento visa arrecadar fundos para a reforma do Santuário e para Festa 2010

Pedro Henrique Martins

Os Festeiros da 138º Festa do Bom Jesus realizam no próximo dia 17, sábado, um Jantar Dançante beneficente com renda revertida para a reforma da igreja e também para os primeiros preparativos da Festa 2010. A banda responsável por animar a festa será a Banda Kalendárius, formada por artistas da cidade. Outros músicos também farão parte das festividades, mas ainda não confirmaram presença.

O objetivo do evento é contribuir financeiramente com a igreja, cuja reforma já começou. Os trabalhos iniciaram na manhã de ontem, quarta-feira. Para o pároco do Santuário, Benedito Luciano da Rosa, as melhorias vêm para garantir mais conformo e segurança aos fiéis do Bom Jesus. Já para a festeira, Viviani Almeida Pinheiro, além de angariar fundos, o jantar é uma forma de lazer para a população. “O jantar tem um fundo social mais também um programa a mais para os correguenses”, finaliza.

O evento será no Poliesportivo Municipal, às 20h. Os ingressos podem ser reservados com os próprios festeiros. Em maio, 8, a Escola Estadual também realizará seu tradicional Jantar das Mães, com renda revertida para o caixa escolar.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Carnaval do Korggo será nos dias 5,6 e 7 de fevereiro

Os três dias de festa acontecerá no Centro de Educação e Cultura Dep. Christovam Chiaradia

Pedro Henrique Martins

O carnaval em Córrego do Bom Jesus é antecipado e por isso irá acontecer no primeiro final de semana de fevereiro, exatamente nos dias 5,6 e 7. O Carna Korggo como é mais conhecido na região terá som ao vivo todas as noites e uma matinê no domingo.

A novidade para esse ano é a abertura do carnaval com a bateria do bloco Imeti de Cambuí que concentrará os foliões na Praça da Matriz a partir das 22hs. À meia noite o antigo Clube Literário ficará responsável em dar continuidade aos festejos com som ao vivo. Os tradicionais bonecos Zé Pereira e Maria Pereira também estarão presentes e desfilarão pelas ruas da cidade na sexta-feira.

No sábado não haverá concentração e os portões do clube serão liberados a partir das 23hs. No domingo às 15hs é a vez das crianças divertirem e para finalizar às 21hs será o último dia de festejo no Clube. Toda a renda do carnaval será revertida para a reforma do teto do Santuário do Bom Jesus. Os festeiros da Festa do Bom Jesus 2010 são os responsáveis pela organização do evento. A realização é da Prefeitura Municipal.

Ingressos: 35 mesas vendidas. O pacote promocional para os três dias é R$ 15. Individual R$ 7. Informamos que o preço poderá sofrer alteração caso necessário.

Segundo informações do Conselho Tutelar de Córrego, menores de 14 anos não poderão participar do evento, pessoas com idade entre 14 e 16 somente com a presença dos pais ou responsável e deverá preencher um termo de responsabilidade que está disponível com os organizadores. Maiores de 16 anos estão liberados, não precisam de acompanhantes. Favor levar documentos de identidade e apresentar na portaria.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Hemodiálise: O rim mecânico que prolonga a vida

Pedro Henrique Martins

Sábado, 26 de setembro. Às 11h começa mais uma sessão de hemodiálise no Hospital Regional Samuel Libânio, em Pouso Alegre. Logo na chegada, dezenas de pessoas esperam do lado de fora da sala onde acontecem as sessões de hemodiálise.

Estes pacientes estão prestes a iniciar o tratamento naquele dia nublado. Neste mesmo horário vinte e uma pessoas terminam o dever do dia. Eles já tinham passado pelo mesmo procedimento que os próximos pacientes iriam enfrentar.

São pessoas de diferentes cidades, angustiadas e já familiarizadas com todo o processo de hemodiálise, para alguns deles a única saída é o transplante de rim. A hemodiálise substitui a função dos rins ao filtrar, em uma máquina, o sangue dos pacientes, eliminando as toxinas. O trabalho é doloroso. Mas é impossível ficar sem.

Diversas enfermeiras trabalham a todo vapor. Normalmente cada paciente faz hemodiálise três vezes por semana, durante quatro horas. Somente no Hospital Regional de Pouso Alegre, 65 pessoas passam diariamente por esse processo de limpeza do sangue, já que seus rins não cumprem este papel.

O trabalhador rural de Ipuiuna, José Benedito Pereira Filho, 67, faz hemodiálise há dez anos. Sua história é marcante. Ele sofre de insuficiência renal e não acredita que um dia será possível fazer o transplante de rim. A idade é seu maior obstáculo. “Não tenho mais esperança, a hemodiálise é o que me resta, o que vier daqui para frente é lucro”, afirma.

Casado e pai de oito filhos, seu José já tentou fazer o transplante três vezes, mas não obteve sucesso. Um problema de coração dificultou a cirurgia. Sem esperanças de cura definitiva, José diz não ter medo da morte. “Tenho medo apenas de ficar sofrendo, mais de morrer não”, conclui.

No Dia Nacional de Transplante de Órgãos, uma dupla de músicos ficou responsável de celebrar, juntamente com os pacientes, a data especial para eles. Atividades de recreação para os doentes não são comuns, mas ajudam a passar o tempo, aliás, são quatro horas sentados em uma maca a espera de um sangue puro e filtrado.

Clodoaldo Antônio da Costa e Cirineu Matias (conhecido como Ney Viola) foram os responsáveis por animar aquela tarde de sábado. Para os pacientes, as próximas horas seriam mais fáceis de suportar, pois as músicas faziam um retrospecto de suas lembranças. Ao som de “Chico Mineiro”, as pessoas se emocionavam e tentavam esquecer por um instante aquele transtorno que se tornou a hemodiálise.

Como é caso de Nádia Andréia de Oliveira Silva, 38, há quatro anos realiza a hemodiálise em Pouso Alegre. Lágrimas escorriam pela sua face, lembranças da infância a atordoavam. “Essas canções me faz [sic.] lembrar meu pai, minha infância, minha família, por isso que me emociono.

O fato de estar em uma maca de hospital três vezes por semana facilita a emoção”, relata. Divorciada e mãe de dois filhos, Nádia torce por um transplante, pois seus pais não podem ser seus doadores. Sua mãe é diabética e seu pai hipertenso. “O que eu mais quero nessa vida é um transplante, para que eu possa ficar livre dessa máquina e retomar minha vida normal”, conclui. Ela também é portadora de insuficiência renal crônica.

Para alguns pacientes, é do cateter localizado do lado esquerdo do pescoço que o sangue passa pelo processo de filtragem. Para prolongar a vida é necessário se submeter à máquina de hemodiálise. Em Pouso Alegre, os equipamentos são de última geração. “Tem máquina que parece um avião”, diz a enfermeira supervisora, Ana Maria de Lorena.

Nessas horas não importa a classe social, somente nessa sessão, jornalista, advogado, aposentado, empregada doméstica, gente de toda classe em busca de um único objetivo, a cura da insuficiência renal.