Quem sou eu

Minha foto
Estudante de Comunicação Social com Habilidade em Jornalismo na Universidade do Vale do Sapucaí - MG - Pouso Alegre. Resido em Córrego do Bom Jesus, extremo sul de Minas Gerais.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Número de inscritos em cursos à distância dobra em dois anos



A Associação Brasileira de Educação à Distância comprovou esse aumento e revela que 68% dos alunos têm mais de 25 anos


Pedro Henrique Martins

[Matéria publicada no Jornal Primeira Página em Pouso Alegre]


Nada de quadro negro, giz, cochichos no fundão da sala e muito menos horários determinados para início e término das aulas. Será possível uma universidade assim? Pois bem, o curso à distância se diferencia dos cursos presenciais. As diferenças são marcantes, pois o professor esta disponível somente na tela do computador ou na televisão. Outra opção tentadora, que faz com que as pessoas optem por essa modalidade de ensino é a liberdade de estudar em qualquer lugar e o horário que bem entender.


A graduação à distância no Brasil esta em ascendência, a modalidade de ensino vem tomando conta do cenário da educação no país e se tornando uma opção para aqueles que não estão dispostos fisicamente a estar em um ambiente formal de ensino-aprendizagem, as salas de aulas tradicionais.


Segundo análise feita pela Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed), entre 2007 e 2008, o número de alunos praticamente dobrou, antes era 397 mil e hoje está na marca dos 761 mil, o que mostra que o ensino superior à distância pulou de 4,2% para 7,5%, um aumento considerável de 3,3%. A pesquisa feita em 2008 pela Abed, constatou que 68% dos alunos são maiores de 25 anos.


Mas o que chama a atenção é outra estatística; 70% dos alunos se matriculam em cursos a distância não conseguem ir até o fim, pelo fato dessa modalidade de ensino exigir disciplina e organização extra.


É o caso de Flávia Moreira Galvão, de Córrego do Bom Jesus, (MG), que está cursando Serviço Social a distância, para ela a pessoa tem que ser disciplinada para conseguir chegar até o fim. “Meu curso é muito puxado, se não tiver força de vontade não consegue ir até o final, ou faz de qualquer jeito, depende muito do aluno”, relata. Flávia que é Técnica do Programa Bolsa Família em Córrego revela que sofre preconceito por fazer um curso a distância. “O método que eu escolhi para estudar, é bem polêmico, o preconceito existe, mas com o tempo o pessoal vai conhecendo e tirando outras impressões do assunto e acabam descobrindo os benefícios da educação a distancia”, conclui.


Mas a Educação a Distância (EaD), não é só para quem deseja fazer um curso de graduação. Rogério Pinheiro, 28, professor de informática e formado em Normal Superior pela Universidade da Vale do Sapucaí (Univás), está cursando sua pós-graduação em Designer Instrucional na modalidade à distância, pela Universidade Federal de Itajubá, (Unifei). Para ele o ensino não presencial facilita, pois a disponibilidade de horário para executar as tarefas foi o que mais o atraiu. “Você pode concluir seus afazeres no tempo e no ritmo que bem desejar, mas em contrapartida existem datas e horários para entregar as atividades, é flexível, mas temos as mesmas responsabilidades que um curso presencial necessita”, relata.


Já a técnica em enfermagem Tamyres Cecília da Silva, (22), que atualmente faz o segundo ano de pedagogia pela Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), em Córrego do Bom Jesus, destaca que a parte financeira do curso foi o que mais chamou a atenção. “Os motivos que me levaram a optar por um curso a distância, foi por causa da parte financeira, o preço desse tipo de curso é bem mais acessível”, ressalta.


No ensino a distância, as aulas são em vídeos ou com material didático disponibilizado na internet. As dúvidas são tiradas on-line com o professor ou nos pólos das instituições, onde ocorrem aulas presenciais a cada mês.

Nenhum comentário:

Postar um comentário